O Mistério de Rennes-Le-Chatêau (Local onde Surgiu o Priorado de Sião)



Rennes-Le-Chatêau situa-se ao sul da França, na região de Provence, mais especificamente no Languedoc logo acima dos Pirineus, antigamente conhecida como Oquitânia (Occtane). Esta região por si só já é berço de muita história interessante e de especulações em torno dela.
O mito de Rennes-Le-Chatêau está em torno da figura do padre Bérenger Saunière que fora transferido para a paróquia local em 1877 com então 33 anos. Conta-se que o então pároco dá início a pequenas obras de restauração na igreja da aldeia dedicada à Santa Maria Madalena e que durante estes trabalhos encontra um possível tesouro que abala totalmente sua vida refletindo em suas próximas ações ao longo de seu trabalho na paróquia.



Rennes-Le-Chatêau situa-se ao sul da França, na região de Provence, mais especificamente no Languedoc logo acima dos Pirineus, antigamente conhecida como Oquitânia (Occtane). Esta região por si só já é berço de muita história interessante e de especulações em torno dela.
O mito de Rennes-Le-Chatêau está em torno da figura do padre Bérenger Saunière que fora transferido para a paróquia local em 1877 com então 33 anos. Conta-se que o então pároco dá início a pequenas obras de restauração na igreja da aldeia dedicada à Santa Maria Madalena e que durante estes trabalhos encontra um possível tesouro que abala totalmente sua vida refletindo em suas próximas ações ao longo de seu trabalho na paróquia.



Para poder contextualizar um pouco, convém remontarmos um pouco da história daquele local e vinculação com fatos históricos remotos.
Em 66 d.C. a Palestina revoltou-se contra o domínio romano. Foi o Imperador Tito que em 70 d.C. deu um fim a situação quebrando o pau e arrasando Jerusalém expulsando de vez os judeus da Palestina (a famosa Diáspora). O Templo de Salomão foi saqueado e o seu conteúdo foi levado em grande pompa para Roma. Para a chegada do espólio do saque à Cidade Eterna, um enorme cortejo foi organizado de modo a receber um tão ilustre tesouro. Pois bem...
No ano 410 Roma cai e a Cidade Eterna foi saqueada pelos bárbaros visigodos chefiados por Alarico, o Grande. Todas as riquezas da cidade foram capturadas e o tesouro do Templo nunca mais foi visto. Durante a Alta Idade Média, conhecida como a Era das Trevas devido a queda de Roma e a falta de organização política e militar da Europa, a região do Languedoc foi de domínio de vários povos até a sua tomada pelos Francos sob o domínio de Clóvis: Iberos, Estrogodos, Celtas e...Visigodos. Sim, a região do Languedoc teve presença visigótica de 440 a 720.
A partir daí muitas peças começam a se encaixar, pra quem tem uma boa imaginação e gosta de histórias de mistérios...
Pra início de conversa, é no sul da França que surgiram muitas das lendas referentes ao Santo Graal e suas derivações. A mais famosa delas na atualidade, a de que o Santo Graal é na verdade um conhecimento e não um objeto cálice, como sendo a menção ao "Sangue Real" (uma linhagem de reis merovíngios descendentes diretamente de Jesus Cristo com Maria Madalena) obtém contextualização através de várias lendas locais. Uma delas fala sobre o suposto desembarque de José de Arimatéia que levava Maria Madalena e sua filha Sara (filha de Jesus) fugidos da Palestina, onde Sara passaria a ser venerada por uma imagem conhecida como a "Santa Negra" devido a sua pele mais escura. Segundo a lenda, Sara teria originado a linhagem dos reis merovíngios. Outras tantas, como a lenda do Rei Pescador, somam-se ao passado mitológico da região. Soma-se a tudo isso o fato de que esta região foi também refúgio dos cátaros, ceita medieval que também carregou consigo uma boa dose de mito a cerca de serem possíveis guardiões do Santo Graal.
Enfim, voltando a Rennes-Le-Chatêau...
Como já falamos, tudo começa quando Saunière resolve trabalhar em reformas na igreja.
Na igreja, começou por efetuar apenas as alterações essenciais. Durante estes primeiros trabalhos, decorridos por volta de 1886-87, Saunière tentou remover o altar-mor da igreja, peça composta por uma pedra que descansava sobre dois pilares. Segundo se diz, um estava em bruto e o outro esculpido. Em um destes pilares afirma-se ter descobertos dois tubos de madeira contendo pergaminhos.
Ainda durante as obras de restauro da igreja de Sta. Maria Madalena, Saunière levantou um bloco de pedra que estava colocado com a face para baixo em frente ao altar, recorrendo à ajuda de dois trabalhadores. Estes teriam notado imediatamente que se tratava de uma sepultura. Segundo a tradição oral da aldeia, Saunière mandou-os imediatamente embora, exigindo não ser perturbado e proibindo a entrada de quem quer que fosse na igreja. Nesse dia teria trabalhado até tarde, e mesmo noite a dentro, no interior da igreja. Teria comunicado pouco tempo depois a descoberta aos seus superiores imediatos. Não se sabe ao certo o que estaria debaixo do bloco, que teria sido esculpido no século VII ou VIII, mas provavelmente cobria uma câmara funerária. É perfeitamente possível que ocultasse uma câmara com restos mortais e até pequenos tesouros de antigos senhores da região. De fato, Saunière ofereceu a alguns amigos moedas de ouro, um cálice e até jóias visigóticas. Esta pedra ficou conhecida por "la Dalle des Chevaliers" (a Laje dos Cavaleiros).
A partir desse momento, Saunière começa literalmente a viajar na batatinha (ou nem tanto, veja no fim do post porque). Uma série de providências esquisitas a cerca da ornamentação da igreja foi tomada pelo padre aguçando a curiosidade, consumando assim o mistério de Rennes-Le-Chatêau.
Em 1891, quatro anos depois da remoção do altar-mor da igreja, Saunière decidiu aproveitar o pilar esculpido do altar-mor e colocou-o no exterior, debaixo de uma estátua da Virgem de Lourdes. Ao fazê-lo, mandou gravar uma inscrição que ainda hoje é suficientemente legível: "Mission 1891". Há quem veja esta inscrição como um marco deixado por Saunière para a posteridade, assinalando o ano de 1891 como o ano do início da sua "missão". Que missão seria esta? Não se sabe, mas estará certamente relacionada com as várias restaurações e construções que Saunière empreendeu em Rennes-le-Château.


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